segunda-feira, 19 de julho de 2010

Como uma onda no mar

“Não adianta fugir nem mentir pra si mesmo... aqui dentro sempre como uma onda no mar”

De fato, nada do que foi será, a vida em todo seu dinamismo tratou de nos trazer até aqui, como uma onda, dia após dias, modificando cada cotidiano, e se Eráclito já afirmava a impossibilidade de nos embebedarmos no mesmo rio, eu reafirmo, e afirmo a embriaguês, afinal, as vezes precisamos nos afogar pra sentir que estamos vivos. Mas e quando é a própria vida que nos afoga? Doce de levar, porém, vida de cão, de gato e de rato as vezes, além de nos submeter ao frio, nos corroe, nos mostra que é dinâmica quando precisamos, mais ainda quando não, nos tira um pedaço, dois, e nos mostra que perder também faz parte.

É, vida traiçoeira, roda gigante que te faz subir, descer, nausear... A única certeza é sempre a incerteza de cada manhã, e por mais que seja triste imaginar acordar sem tanta coisa, mais importante que isso é superar o que trouxer. Colocar no mar do esquecimento quem precisa descansar de nossas vidas, pegar as malas e voltar pra casa, pra onde tudo começou, pra reconstrução e encarar mais uma vez essa inconstância tão gostosa que é viver.

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