“Não adianta fugir nem mentir pra si mesmo... aqui dentro sempre como uma onda no mar”
De fato, nada do que foi será, a vida em todo seu dinamismo tratou de nos trazer até aqui, como uma onda, dia após dias, modificando cada cotidiano, e se Eráclito já afirmava a impossibilidade de nos embebedarmos no mesmo rio, eu reafirmo, e afirmo a embriaguês, afinal, as vezes precisamos nos afogar pra sentir que estamos vivos. Mas e quando é a própria vida que nos afoga? Doce de levar, porém, vida de cão, de gato e de rato as vezes, além de nos submeter ao frio, nos corroe, nos mostra que é dinâmica quando precisamos, mais ainda quando não, nos tira um pedaço, dois, e nos mostra que perder também faz parte.
É, vida traiçoeira, roda gigante que te faz subir, descer, nausear... A única certeza é sempre a incerteza de cada manhã, e por mais que seja triste imaginar acordar sem tanta coisa, mais importante que isso é superar o que trouxer. Colocar no mar do esquecimento quem precisa descansar de nossas vidas, pegar as malas e voltar pra casa, pra onde tudo começou, pra reconstrução e encarar mais uma vez essa inconstância tão gostosa que é viver.
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