domingo, 23 de maio de 2010

Palavriar

Deboche, libertinagem e devassidão, estroinice, segundo o dicionário, conjugando o debochar, é lançar na devassidão, tornar devasso, prostituir.
Sim, prostituir a palavra, uma vez não dita, escondida, marginalizada, não se faz palavra como comunicação e sim como um sussurro, afinal, sarcasmo não é pronuncia, é ironia amarga, insultuosa, escarniosa como prefiro chamar, um pouco chulo, e de chulo não se faz a crítica.
Palavra boa é a palavra dita, redita, escrita, lida, que extravasa pelos confins, que não volta atrás, não olha pra trás e voa tranqüila, oscilando a quem excita mas é sempre assim, clara, ela, sempre ela por mais que se renove em sentido.
E pra se fazer criticar, até mesmo à palavra, tem que se fazer de palavra. Pensamento que se concretiza, sendo bom ou ruim, mas solidifica conceitos, muda respeitos e se faz mostrar cara a tapa.
Palavra, palavra, palavra, como crítica, pensamento, como asas, que seja a palavra, que seja lançada, nunca voando baixo, nunca sendo baixa como a grosseria de um deboche.

Um comentário:


Fiado só amanhã!