quinta-feira, 4 de junho de 2009

Meu pronome pessoal

“O que há em um nome: se acaso a rosa não se chamasse rosa seria menos perfumada?”
Talvez Julieta não estivesse tão certa assim ao acreditar que um nome não poderia modificar o conteúdo. Porta uma identidade, objeto de poder e, desde a torre de Babel, forma de comunicação fundamental. Esse emaranhado de algumas letras carrega a responsabilidade de dizer quem se é e o que é, substantivizando o que tem que existir, transformando pronomes em objetos, lugares em pessoas, pessoas em números. Ninguém pode ser simplesmente nada, e mesmo se o fosse, “nada” nomeado seria.

E se um nome porta tanto poder assim o seu Um Dois Três de Oliveira Quatro talvez possa nos explicar melhor. Quantos valores, literalmente, quanta imaginação! homenagens a santos, inspirações hollywodianas.. a origem pouco importa, o fato é que quando prefixos e sufixos se juntam quase que poeticamente só nos cabe apreciar: Acheropita Papazone, adoração arabites, Caius Marcius Africanus, Carabino Tiro Certo, Hidráulico Oliveira, Inocêncio Coitadinho. De fato, coitadinho!
Mas nada compensa a felicidade conjugal de seu José Francisco Pinto, casado com a Maria José Brochado, ou o orgulho da Elizabeth em ser uma autêntica Rego Penteado. É, ter uma identidade pode não ser agradável à todos, mas paramos aqui com a inspiração dos irmãos Epílogo, Verso, Estrofe, Poesia e Pessíola Campos, filhos, com certeza, de um grande escritor com um grande senso de humor, um grande bom senso.

Gostando ou não nome é gosto, e gosto não se discute, principalmente para o velho Eleotério, a questão aqui nem é o seu nome mas a resposta pra uma pergunta nunca solucionada: da onde vem “Di Leo”? Meu adorado pronome pessoal, tão questionado e nunca entendido.
E antes que mais alguém me pergunte isso, vou logo adiantando que existem perguntas que não foram feitas para serem respondidas, nesses casos, nomes que não nasceram para serem entendidos, outros, só o velho Eleotério poderá responder...

Enfim. Feitas as apresentações, até os próximos papos furados, às conversas de buteco...

Fiado só amanhã!